Depressão
A
depressão é mais comum do que se imaginava
Acabam
de ser divulgados os dados preliminares do maior levantamento já
feito sobre saúde mental no mundo. Coordenado pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) e pela Universidade Harvard, nos Estados
Unidos, o trabalho foi publicado na revista científica The Journal
of the American Medical Association e contou com a participação
de quase 60.500 homens e mulheres adultos de catorze países –
o Brasil não está incluído no estudo. O cenário
revelado pela pesquisa surpreendeu os especialistas. O índice de
vítimas de distúrbios psiquiátricos é mais
alto do que o estimado. Em média, 13% das pessoas haviam sido acometidas
por algum tipo de doença mental no ano anterior à enquete.
De todos os transtornos, um dos mais prevalentes e o que mais preocupa
os médicos é a depressão. "Se não for
tratada adequadamente, a depressão aumenta os riscos de infartos,
derrames, infecções e até suicídio",
diz o psiquiatra Marcio Versiani. Outro dado que chamou a atenção
dos pesquisadores foi o baixo índice de tratamento de pacientes
graves vítimas das doenças mentais. Nos países pobres,
como Líbano e Colômbia, 80% dos doentes, em média,
não recebem ajuda especializada. Nas nações mais
ricas, entre elas Estados Unidos e Alemanha, essa taxa é de 35%.
O impacto econômico e social dessa falta de cuidado é estarrecedor.
Na Espanha, por exemplo, os pacientes graves, apesar de bem assistidos,
perderam cerca de oitenta dias de trabalho.
Os
cinco países com maior porcentagem de deprimidos, segundo estudo
da OMS e da Universidade de Harvad:
Estados
Unidos 10%
Ucrânia
9%
França
9%
Holanda
7%
Colombia
7%
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