Atracção
sexual, cheiros e homossexualidade
A atracção sexual, nos animais, é uma consequência
de substâncias químicas chamadas feromonas que são
libertadas pelo corpo e que atraem o sexo oposto pelo cheiro.
Actualmente,
através de pesquisas com as novas tecnologias de mapeamento fotográfico
do cérebro, concluiu-se que a atracção sexual nos
seres humanos também se regula pelas feromonas.
Esses estudos
chegaram à conclusão que os homens, ao sentir o cheiro das
amostras da hormona do estrogénio, extraído da urina das
mulheres, apresentaram um aumento de actividade no hipotálamo –
região do cérebro associada às emoções
e aos impulsos sexuais.
Nas mulheres,
a mesma região foi activada quando elas sentiram o odor da testosterona,
retirada pelos cientistas do suor masculino.
Incluindo-se
no estudo um grupo de homossexuais masculinos, o resultado mostrou que
a reacção do cérebro dos integrantes desse grupo
ao serem expostos aos odores foi exactamente a mesma das mulheres.
Nos animais,
as feromonas são muito importantes por ocasião do cio, quando
o cão consegue identificar a presença de uma cadela à
distância. Nos seres humanos, embora também detectadas pelas
células olfactivas, seriam totalmente inodoras, o que tornaria
mais difícil registar sua presença.
A explicação
evolucionista diz que, desde que a espécie humana se tornou bípede
e deixou de farejar as suas presas junto do chão, o seu olfacto
foi se reduzindo gradualmente em favor de uma visão aguçada
– mais útil para a caça quando se está na posição
erecta.
Em razão desse processo, hoje o homem tem 5 milhões de células
olfactivas – contra 200 milhões do cão e 80 milhões
do gato. Assim, ele teria menos capacidade para absorver as feromonas
segregadas pelo sexo oposto.
Vários
estudos divulgados por médicos suecos, evidenciaram a importância
das feromonas na aproximação sexual entre homens e mulheres.
Uma substância extraída do suor de mulheres jovens é
capaz de aumentar a atracção dos homens por mulheres mais
velhas quando aplicada na pele destas.
As novas
pesquisas também adicionam uma nova questão quanto ao comportamento
e a natureza da homossexualidade. Seria ela determinada por factores biológicos
ou adquirida ao longo da vida?
De acordo com as pesquisas, o cérebro dos homossexuais é
diferente do cérebro dos heterossexuais. O que ainda não
sabemos é se essa diferença é a causa ou consequência
da orientação sexual.
Um estudo
semelhante feito pelo neurocientista inglês Simon LeVay também
sugere que o hipotálamo é activado de acordo com a orientação
sexual. Alguns estudiosos acreditam que existe uma forte componente genética
na homossexualidade devido à incidência do fenómeno
em irmãos gémeos embora nunca tenham chegado à uma
conclusão precisa.
Outro estudo
feito pela Universidade de Pádua, na Itália, no fim do ano
passado, sugere que o cromossoma X, que os rapazes sempre herdam das suas
mães, é o grande responsável pela homossexualidade.
Outro ainda,
da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos,
sugere que a quantidade de hormonas à qual os fetos são
expostos no útero da mãe pode influenciar a sua futura orientação
sexual.
Concluindo:
é sempre recomendável muita cautela no uso de critérios
que definam a orientação sexual pois não há
um gene que defina que uma pessoa possa vir a ser homo ou heterossexual
e são muitos os factores psicológicos e sociais, além
dos biológicos que podem influenciar essa preferência.
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